sábado, 23 de abril de 2011

रसिलेइरद कान्तान्दो एम् इन्ग्लेस!!!!

Nos anos 70, um grupo de brasileiros compôs e cantou em inglês usando pseudônimos e fazendo grande sucesso.
Terry Winter, Patrick Dimon, Steve Maclean, Chrystian, Malcolm Forrest, Pete Dunaway, Mark Davis, Tony Stevens, Paul Bryan e Dave Mclean, foram alguns, além dos grupos: Light Reflections, Sunday, Lee Jackson, Manchester, Harmony Cats e Pholhas, entre tantos outros.
Muita gente nem sequer sabia que, por trás das canções que invadiam as rádios, as pistas e as trilhas das novelas, estavam compatriotas.
Até porque, grande parte dos sucessos ganhou o mundo.
‘Feelings’ é o exemplo paradigmático: a maioria dos americanos pensa até mesmo tratar-se de um standard nacional.
Mas houve outros… Patrick Dimon, intérprete da bizarra balada ‘Pigeon Without a Dove’, vendeu 5 milhões de discos em 98 países.
‘Tell Me Once Again’, do Light Reflections, também estourou dentro e fora do país, gravando oito compactos e dois LPs em apenas cinco meses do ano de 1972.

O fenômeno dos brasileiros cantando em inglês pode ter várias explicações.
Uma delas é a própria preferência do público.
Naquele tempo, os hits internacionais chegavam às rádios principalmente através de fitas e compactos trazidos de fora, muitas vezes por funcionários de empresas aéreas.
As canções tocavam no rádio, mas não estavam disponíveis nas lojas.
‘As poucas gravadoras do país resolveram lançar, no mercado nacional, brasileiros cantando em inglês’, diz Claudio Condé, ex-integrante do grupo Lee Jackson, hoje presidente da Warner no Brasil.
Medalhões como Fábio Junior, usavam mais de um pseudônimo: foi Uncle Jack e depois, Mark Davis
Cantar em inglês era fácil para apenas alguns: Morris Albert, filho de austríacos, havia estudado fora do Brasil.
Patrick Dimon, rebento de um cônsul grego no Brasil, falava vários idiomas.
Terry Winter, pseudônimo de Tommy Standen – um pioneiro que morreu há cinco anos -, pertencia à uma família britânica.
E, Malcolm Forrest, atualmente escritor e tradutor, tem pai americano.
‘Os outros iam aprendendo por meio das músicas, mesmo’, diz Oswaldo Malagutti, produtor musical e ex-integrante do conjunto Pholhas.

O sucesso se intensificou com o casamento desses artistas com as trilhas das telenovelas.
‘Naquele tempo, era difícil as emissoras conseguirem os direitos de grandes nomes internacionais, daí essa leva de artistas cantando em inglês ter sido um achado’, diz Hélio Costa Manso (Steve Maclean), ex-integrante do Sunday e atual diretor da Som Livre.
‘Feelings’ foi sucesso em ‘Corrida do Ouro’ (1974), ‘She’s My Girl’, outro sucesso de Morris Albert, explodiu em ‘Anjo Mau’ (1976).
Chrystian – ou José Pereira da Silva Neto -, hoje dupla sertaneja com o irmão Ralf, emplacou um de seus maiores êxitos, ‘Don’t Say Goodbye’, na trilha de ‘Cavalo de Aço’ (1973).
A música, o arranjo, tudo era composto ali, em um ou dois dias, sob encomenda’, conta Chrystian.
“Every Night Fever”, um medley da ‘era disco’, composto por várias músicas dos Bee Gees, foi tema internacional de grande sucesso da novela ‘Dancin’ Days’ (1978), nas vozes melodiosas das Harmony Cats.
Michael Sullivan, intérprete de ‘My Life’, da trilha de ‘O Casarão’ (1976), arrematou um disco de diamante com as vendagens torrenciais do compacto da música.
Vários outros artistas brasileiros tiveram suas músicas cantadas em inglês, em trilhas sonoras de novela.
Em 1999 a Som Livre lançou a coletânea ‘HIT’S AGAIN’, composta por 4 cd’s, onde se pode ouvir vários sucessos dos anos 70, todos interpretados por artistas nacionais.
‘Feelings’, ‘True Love’, ‘Don’t Say Goodbye’, “Tell Me Once Again’, ‘Me And You’, ‘Don’t Let Me Cry’, ‘She’s My Girl’, ‘Every Night Fever’, ‘My Life’, My Mistake’, Lies’, Summer Hollyday’, ‘Flying’, Listen’, ‘Rain And Memories’ e ‘My Dear’, são algumas das músicas que fazem parte desta brilhante coletânea.

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